Labubu: O Monstrinho que Transformou a Pop Mart em um Fenômeno Global
Quem diria que um monstrinho de orelhas pontudas, sorriso de nove dentes e olhar travesso poderia movimentar bilhões de dólares?
Quem diria que um monstrinho de orelhas pontudas, sorriso de nove dentes e olhar travesso poderia movimentar bilhões de dólares?
Esse é o Labubu, personagem criado por Kasing Lung que se tornou símbolo da ascensão meteórica da Pop Mart, empresa chinesa que redefiniu o mercado de brinquedos colecionáveis.
Mais do que um brinquedo, Labubu é hoje um ícone cultural, presente nas mãos de celebridades e disputado por colecionadores do mundo inteiro.
A origem do Labubu
Criado em 2015 pelo ilustrador de Hong Kong Kasing Lung, conhecido por suas obras que misturam inocência e melancolia.
O design do Labubu foi inspirado em contos folclóricos europeus e na estética dos “monstros fofos” que unem traços assustadores e carismáticos ao mesmo tempo.
No início, o personagem aparecia em livros ilustrados de Kasing Lung e em tiragens limitadas, até que a Pop Mart enxergou nele um potencial global.
💡 Curiosidade: segundo o próprio artista, o Labubu tem duas versões:
Labubu (sem cauda)
Zimomo (com cauda)
O empurrão das celebridades
O grande ponto de virada veio em abril de 2024, quando Lisa (Blackpink) publicou um Labubu pendurado em sua bolsa nos stories do Instagram.
A postagem foi suficiente para gerar filas nas lojas da Pop Mart e uma corrida desenfreada às blind boxes.
Logo, nomes como Rihanna, Dua Lipa, Kim Kardashian e David Beckham apareceram com seus Labubus, reforçando o hype e transformando o personagem em símbolo de status fashion.
💡 Esse tipo de validação por celebridades é comparável ao que acontece no mercado de luxo: basta um influenciador de peso usar um item para ele se tornar um objeto de desejo global.
Escassez e desejo: a fórmula da Pop Mart
As lojas da Pop Mart são conhecidas por terem filas quilométricas e, ao mesmo tempo, muitos produtos “fora de estoque”.
Isso não é acaso: a empresa controla artificialmente a oferta, criando escassez e aumentando o valor percebido dos bonecos.
O modelo lembra o que grandes marcas de luxo fazem com bolsas, tênis ou relógios.
No mercado secundário, alguns Labubus raros já foram revendidos por milhares de dólares, provando que colecionadores tratam o item como investimento.
🎯 Para investidores, o Labubu é um case de como experiência de consumo + escassez planejada = percepção de luxo.
Pop Mart além da China
Hoje, a Pop Mart está presente em mais de 25 países, com 530 lojas físicas e quase 2.500 roboshops (máquinas automáticas de venda).
Só nos Estados Unidos, já são 37 lojas e 52 roboshops, mostrando a força da internacionalização da marca.
Em 2022, inaugurou o Popland, um parque temático de 40.000 m² em Pequim, conhecido como a “Disney chinesa dos colecionáveis”, onde visitantes encontram experiências imersivas e produtos exclusivos.
Além disso, a Pop Mart colabora com artistas renomados e marcas de luxo, ampliando seu alcance cultural e status premium.
Wang Ning: o bilionário por trás do império
Wang Ning, fundador e CEO da Pop Mart, nasceu em 1987 e começou como pequeno varejista em Pequim.
Em 2025, entrou para a lista da Forbes como um dos 10 chineses mais ricos, com fortuna estimada em US$ 22,7 bilhões aos 38 anos.
Seu diferencial foi enxergar o potencial dos brinquedos colecionáveis como ativos de desejo, combinando arte, marketing e estratégia de luxo acessível.
Conclusão
O caso do Labubu mostra como cultura pop, escassez planejada e marketing digital podem criar um fenômeno global em pouquíssimo tempo.
Mais do que um brinquedo, o Labubu virou símbolo de status, investimento e comunidade para milhões de colecionadores.
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